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Vejo o livro como um buquê de letras em ramalhetes de palavras esperando belo vaso. (Elanklever)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

QUANDO A PAISAGEM CAPTURA NOSSO SENTIR


Um breve passeio pela praça em São Carlos. A máquina sempre presente em nossas mãos. Eram os momentos mais festivos para registros. Enquanto eu admirava a beleza das frondosas árvores, Élvio capturava a cena e me fotografava, sem que o percebesse. 

Hoje a saudade aperta o peito. Saiba que distante de ti a saudade aumenta meu desejo pelo reencontro. Permita Deus que isto aconteça. 

Agora o cenário é outro. Estou em Araras, num décimo andar em que posso contemplar a paisagem de prédios, carros que trafegam em pistas que se cruzam. 

Mergulhada em pensamentos tantos, escrevo e me envolvo com buquês de palavras. Lavro o solo fértil das minhas lembranças e me enterneço ao compasso do tic tic do teclado a me remeter ao texto, que se deixa correr livremente. 

Muitos anos transcorridos desde então. Hoje 19 de maio de 2021. Retomo meu projeto a partir daqui. Muito a contar. Muito a registrar. Os registros requerem outros tantos registros. Aonde me levarão, não sei bem, mas almejo minhas lembranças próximas a mim. O retorno a elas sempre me trazem novos buquês em letras que, ao mesmo tempo em que escrevo, elas também me escrevem. 

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São Carlos: Praça da Catedral 2012

Araras: Portal Solar das Mangabeiras - 10º andar, apto.1002, bloco 3 -    19/05/2021 

domingo, 15 de abril de 2012

SAUDADE


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Era domingo véspera de Natal. Você chegou de sua viagem. Foram dias de ausências, dias de espera que multiplicavam-se.

A praça nos aguardava. Era-nos singular, convidativa à contemplação, quando os bancos e a sombra nos encaminhava à contemplação. A natureza nos sorria. À ela nos entregávamos em agradecimento ao Divino que nos proporcionava tanta majestade.  

Entretanto nova partida, nova viagem distanciava nosso querer. Eu buscava a proximidade das fotos, dos afagos das palavras. Eis que o encontro das cenas, a montagem das fotos logo requerer sua captura. Foram horas de tentativas: aproximar uma foto a outra e mais outra. Várias cenas foram necessárias para compor esta. A arte aproximando corações enamorados. A paixão gritando saudade.

Hoje rememoro e sinto tua presença deste décimo andar, numa quarta-feira em que o céu azul adentra os espaço, convidando-me ao projeto engavetado por anos.

Retomo minhas lembranças, pois são elas que me tornam viva, numa existência que avança o tempo.

Realmente Drummond, não importa onde parei, o importante é que posso dar essa chance a mim e procuro renovar minhas esperanças num porvir que me aguarda na eternidade, pois inevitável: para lá todos iremos. 

Fazer de novo. Nova roupagem. É sempre prazeroso o regresso aos nossos projetos engavetados, inacabados, pois eles nos dão a chance de  exercitarmos o novo.

Inovamos o que já existe com nova roupagem, assim podemos estar sempre presente representando novos papéis, ainda que em papéis envelhecidos pelo tempo.

Obrigada poeta. Obrigada memórias jamais esquecidas, pois que o registro se fez presente naquele momento e hoje se torna meu presente, ante as linhas que compõe este buquê de letras. 

Araras: 19/05/2021   


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Conselhos de um velho apaixonado - Carlos Drummond de Andrade

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem da água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O Amor.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida. Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado…

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados… Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite… Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado… Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela… Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua ida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais. Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O Amor. Ame muito… Muitíssimo…


Conselhos de um velho apaixonado - Carlos Drummond de Andrade -

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Recomeçar - Carlos Drummond de Andrade 

Não importa onde você parou,
em que momento da vida você cansou,
o que importa é que sempre é possível e
necessário “Recomeçar”.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo,
é renovar as esperanças na vida, e o mais importante:
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado.
Chorou muito?
foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos.
Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora.

Pois é, agora é hora de reiniciar,de pensar na luz,
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um corte de cabelo arrojado, diferente?
Um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a
pintar, desenhar, dominar o computador,
ou qualquer outra coisa…

Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.

Tá se sentindo sozinho?
Besteira…tem tanta gente que você afastou com o
seu “período de isolamento”…
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para “chegar” perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza
nem nós mesmos nos suportamos,
ficamos horríveis…
O mau humor vai comendo nosso fígado,
até a boca fica amarga.

Recomeçar…hoje é um bom dia para começar novos
desafios.
Onde você quer chegar?Ir alto? Sonhe alto. Queira o
melhor do melhor, queira coisas boas para a vida,  pensando assim
trazemos prá nós aquilo que desejamos. Se pensamos pequeno,
coisas pequenas teremos…
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor,
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental…
Joga fora tudo que te prende ao passado,  ao mundinho
de coisas tristes: fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de
cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados…

Jogue tudo fora! Mas principalmente, esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor. Lembre-se: “somos apaixonáveis”. Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas – Nós somos o “Amor”.



Recomeçar - Carlos Drummond de Andrade - https://www.youtube.com/watch?v=fn5wXwAoDPM

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LEMBRETE - Mário Quintana



A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas.
Quando se vê, já é sexta-feira.
Quando se vê, já terminou o ano.
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos.

Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,pois a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.



segunda-feira, 26 de março de 2012

VIOLETAS

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mensagem recebida de Isabel Martins de Almeida através de e-mail
formatada por esta que escreve - Inajá Martins de Almeida
Amigas distantes que por 40 anos razões contrárias as privaram do convívio.
A coincidência no nome não é ao acaso. Martins do pai, Almeida através do marido. 
Embora não sendo irmãs consanguinea, irmãs nos ideais - bibliotecárias.
Anos maravilhosos de faculdade, permitiram esse reencontro. 
São os livros que clamam. É a leitura que atravessa fronteiras. 
A tecnologia que vem compactuar sempre a nosso favor. 
Maravilhoso momento. 
Retalhos amealhados em buquês de letras.
  
Magnífico presente para mim  27/03/2012

domingo, 18 de março de 2012

GRAÇAS AO ONIPOTENTE! Irene Coimbra

Este poema encontra-se no livro "Poemas de Irene"
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Recebido nesta manhã através de e-mail, julguei necessário trabalhar o texto sobre uma imagem e compartilhar com meus amigos uma lembrança tão rica.
A foto fora alcançada pela ótica de Elvio Antunes de Arruda. A montagem se deve a Inajá Martins de Almeida. O belíssimo poema fora a inspiração para este trabalho.

sexta-feira, 16 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

AMIGO

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quarta-feira, 7 de março de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

OLHARES EM BUQUÊS DE LETRAS

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fotos: Elvio Antunes de Arruda
Montagem: Inajá Martins de Almeida

domingo, 22 de janeiro de 2012

LEITURAS EM BUQUÊS DE LETRAS



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"Livro, um buquê de letras, produzidas no jardim da mente humana, em ramalhetes de palavras, sempre decoram um belo texto, isto é seu interior"

Elanklever
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Leituras em Buquês de Letras

                                                     
Letras que declinam versos!
É possível?
Sim.

Letras que ultrapassam nossa vista!
A vista que nos torna imaginativos
E nos faz ir além do ponto.


Um retalho de um ponto
Uma leitura além da vista.
Buquês de letras que
vão compondo as linhas.

As linhas além do ponto
O ponto que tece as linhas
Letras em buquês de leituras!
Leituras em buquês de letras!
Em buquês de letras... leituras!


Inajá Martins de Almeida

sábado, 21 de janeiro de 2012

PALAVRAS AO VENTO

Regue as palavras para produzirem flores, frutos e sementes.
Regre as palavras, para que não murchem os rebentos.
Carregue e leve as palavras para o encantos dos atentos.
Fale... Declame... Cante...
Nem que sejam palavras ao vento.

Pelo vento as sementes viajam,
encontram mentes férteis, sedentas.
Leve as palavras, ensine a leitura.
Que as palavras escritas, não fiquem restritas.
Não permitam o esquecimento.
Leve as palavras, nem que sejam palavras ao vento.
Leve as palavras. Escreva... Leia...
Nem que sejam palavras ao vento.

Livros... Palavras escritas.
Não permitam o esquecimento.
Sementes adormecidas, acordem...
Despertem palavras vivas, que criem fortes raízes
que, mesmo na tempestade acalmem e alimentem almas.

Elanklever

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